A sereia canta na noite fria
Sua voz macia, torturante
Seduz, arrepia
Lindo brilho claro na água
A cauda longa desliza
Nada, pára, nada, pára
Onde vai sereia?
Me leva, me leva pro fundo
Me turva os olhos, me cega
Poderosa, gelada, máscara vazia
Cintila, sibila, vadia
Corro atrás de seu rabo
Paro, nado, paro, nado
Seduzido, farto, caio
Morto
quarta-feira, junho 15, 2005
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Um comentário:
eu leio e desejo o rabo da sereia do lado de lá
negra-mulata-colorida e da cor de yemanjá
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